Sintomas e tratamento da demência canina
Se o seu cão mais velho parece confuso, para de seguir rotinas e mostra sinais de ansiedade e irritabilidade, você pode estar se perguntando se ele está desenvolvendo demência canina, também conhecida como disfunção cognitiva canina (CCD) ou “arfheimers” em uma linguagem mais casual. É possível – a demência é bastante comum em cães idosos. Claro, você vai querer levar seu cão ao veterinário para descartar quaisquer outras possíveis condições de saúde que possam estar causando mudanças no comportamento.
Como posso saber se meu cachorro tem demência?
Os sinais comuns podem incluir:
- Desorientação e confusão
- Não seguir rotinas normais
- Olhando para o espaço
- Latindo sem motivo
- Mudanças no ciclo de sono/vigília
- Andamento
- Falta de cuidados
- Incontinência fecal ou urinária
- Aumento da irritabilidade e ansiedade
O que causa demência canina?
Como nos humanos, a demência é uma condição geriátrica – normalmente afeta apenas cães “idosos”. Cães maiores são considerados idosos quando atingem cerca de sete anos de idade, enquanto raças menores não são idosos até os 10 ou 11 anos de idade. Use uma calculadora de idade do cão para determinar a idade do seu animal de estimação em anos humanos. O American Kennel Club estima que cerca de 62% dos cães com 10 anos ou mais mostrarão algum sinal de declínio mental.
Algumas raças são consideradas geneticamente mais predispostas a desenvolver demência canina, mas isso não foi comprovado cientificamente. Há algumas evidências de que é mais comum em raças menores, mas isso pode ser porque eles tendem a viver mais, dando à condição mais tempo para se desenvolver.
A ciência sobre a senilidade em cães ainda é relativamente nova - foi somente no início da década de 1990 que os cientistas conseguiram identificar alterações cerebrais em cães mais velhos que eram semelhantes às alterações cerebrais observadas em humanos com doença de Alzheimer, de acordo com a American Veterinary Medical Association (AVMA). Testes laboratoriais foram então desenvolvidos para detectar déficits de aprendizado e memória em cães mais velhos.
Diagnóstico e tratamento de demência em cães
Seu veterinário precisará de uma descrição completa dos sintomas do seu animal de estimação, incluindo quando eles começaram. Testes de rotina, como ultrassonografias, raios-x e um perfil de hemograma serão concluídos para descartar outras doenças em potencial. Não há cura para a disfunção cognitiva canina, mas com o manejo adequado, seu cão pode ter uma boa qualidade de vida por muitos mais anos. A boa notícia é que um estudo indica que a expectativa de vida de cães com demência não é diferente da daqueles sem.
O tratamento é focado principalmente na redução da velocidade do declínio mental, impondo um regime diário rigoroso de uma dieta especialmente formulada, exercícios e intervalos para ir ao banheiro. Alimentos ricos em vitaminas e antioxidantes também podem ajudar a proteger contra a perda de memória; seu veterinário pode recomendar um tipo ou marca específica de alimento para seu animal de estimação.
Drogas como o cloridrato de selegilina estão agora disponíveis para o manejo da disfunção cognitiva em cães, AVMA relata. Estudos também estão examinando outras drogas que melhoram o sistema nervoso e ajudam a manter a mente e a memória funcionando.
Gerenciando a condição do seu cão
Certifique-se de seguir sua rotina diária e dieta aprovadas pelo veterinário; quaisquer alterações podem confundir ainda mais o seu animal de estimação. Tente manter o ambiente do seu cão praticamente o mesmo – cama, comida e água no mesmo lugar e, se possível, evite mover os móveis. Check-ups com seu veterinário duas vezes por ano ajudarão seu veterinário a monitorar a condição do seu animal de estimação e determinar se a doença está progredindo, se estabilizou ou se é necessária uma intervenção adicional. Fique de olho no comportamento do seu cão e agende uma consulta com seu veterinário se notar alguma mudança repentina.
Conclusão
A demência canina pode ser uma doença difícil para um pai de estimação aceitar. Não há cura, mas mudanças na dieta, uma rotina estável e medicamentos podem facilitar a vida do seu pet e impedir que o CCD progrida. Continue amando e curtindo a companhia do seu melhor amigo; com os devidos cuidados, vocês dois ainda podem esperar mais tempo juntos.
O conteúdo não pretende substituir o aconselhamento, diagnóstico ou tratamento de um veterinário profissional. Sempre procure o conselho de seu veterinário ou outro profissional de saúde qualificado com qualquer dúvida que possa ter em relação a um diagnóstico médico, condição ou opções de tratamento.
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